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Diga-me

Já tentei.

Mas cada dia que passa... eu sinto te perder um pouco mais.
Já pensei que pudesse ser eterno... talvez ainda seja, talvez não seja mais.
Não sei... já tentei. Mas tá demais. Não sei de onde tirarei forças para suportar a idéia de que tudo foi ilusão.
Ou que foi verdadeiro... mas que pra um de nós já passou.
Pensei em viver a vida inteira pra esperar você voltar. Mas será que voltará?
Já não sei... você me deixou sem certezas... e sem você não tenho base alguma pra me segurar...
Posso ver os dias passarem. A minha vida passar sem que eu me dê conta. Pois o meu passado, bem... eu fiz dele o meu presente.
Porque no meu passado eu tinha você. Do que mais eu precisava?
Depois de ti, nada ficou. Só um grande coração vazio...
Chorar já não acalma. Seu cheiro não consigo mais sentir. Agora vivo de lembranças. E ando pensando que nem as minhas ilusões têm sustentado a minha alma.
Não dá. Não consigo ver você agindo como se tudo não tivesse passado de uma grande diversão.
Foi isso?
Pra mim, foi uma vida inteira de sonhos que criei do teu lado.
Queria que me desse então... qualquer sinal. Diga que ainda me ama, ou então que eu te esqueça... me diga se sente saudade... ou qualquer outra coisa...
Diga que ainda te verei um dia. Ou diga que isto não acontecerá.
Me mostre que não me enganei com você. Ou que só fui mais uma.
Me deixe te falar... só mais uma vez...
Que te amo pra sempre.



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Andrew e Erica

Desci as escadas de casa com pressa e com fome. Queria chegar na cozinha. Desci pulando de dois em dois degraus e quase caí. Ri comigo mesma por causa disso. Peguei o pão e o achocolatado no armário e o patê e o leite na geladeira. Enquanto eu preparava, refletia sobre nada. Terminei o lanche e fui para a janela da cozinha olhar o fim de tarde. As árvores e o gramado banhados de sol mergulhavam no escuro lentamente, o sol escondendo-se nas colinas. Eu amava esta vista, mas não conseguia escolher entre o pôr-do-sol e as estrelas, o luar que eu veria mais tarde.


Não ouvi seus passos e nem o som da campainha mas, como que por ironia do destino, Andrew me abraçou e eu sorri, encantada com a idéia de Eu, Andrew e o fim de tarde na janela. Eu me virei devagar, após uns 3 minutos daquilo e encontrei seus olhos. Ele me olhava fixamente, e por um tempo que para mim pareceu uma vida, apenas olhamos um para o outro. Não precisávamos de palavras. Depois de alguns segundos ele quebrou o silêncio:
- Oi Erica. - Disse sorrindo.
- Oi Andrew- Sorri de volta.
Depois da intensa troca de olhares, virei-me de volta á janela para contemplar os últimos segundos de sol do dia. Daqui um pouco eu veria as estrelas.
E Andrew estaria ali comigo, ele sempre estará comigo.

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