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Sábado

Noite sem graça. No período da tarde ainda dormi, feliz por preencher 4 horas de completo ócio pelas mesmas horas de inconciência.
Deitada, corro a mão pela cama a fim de encontrar o MP4 Player. A música afugenta os demônios de minha mente , mas dá espaço a um mais perigoso. Aquele o qual não se consegue, ou melhor, não se tenta resistir. Aquele que se torna pior porque é aquele que amamos. O demônio amor que domina meu ser como gás entorpecente. Ele não habita só a minha mente. Está presente em mim quando respiro, quando vivo. Embora não esteja comigo sempre aparece, como fruto da minha imaginação, em meu campo de visão. O problema é que ele está sempre longe, de costas, nunca ao meu alcance.
E isso me entristece.
Não tenho alucinações. É mais como uma tentativa irracional de minha mente de satisfazer a uma necessidade ainda mais irracional. Como se meu subconciente produzisse uma imagem, um espelho dele a cada vez que sinto a sua falta. Em meio aos devaneios, quase posso sentir sua presença, a sensação de seu toque quente em minha pele.
E o pior de tudo, é saber que o outro sente algo por ti, mas não está contigo por motivos irrelevantes. Mas ele te quer.
No fundo de minha mente, uma voz baixinha, até agora insignificante, começa a reclamar o seu espaço e diz: "Vá para a cama! está na Terra ainda, lembra?". Ainda é pouco para fazê-la esquecer o sonho, mas o suficiente para fazê-la ir rumo a pensamentos mais sensatos, e optar por algumas 7 horas de sono. Sinto que ao deitar, meu demônio encantador vem chegando mais perto, pronto para invadir e complementar a sua inconciência...

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Domingo

Pois é, ontem eu realmente tinha razão quanto a meu invasor de sonhos. Por mais que eu pensasse que não fosse acontecer, lá estava ele em meus sonhos. Pude desfrutar de minha droga, meu entorpecente, que é como eu o vejo. Você sabe as consequências, os danos que a droga lhe traz, mas você não consegue deixá-la, sempre quer um pouco mais dela. Algumas pessoas me perguntam: ''Você não cansa dele? Não consegue ser feliz com outro?'' Mas como posso eu, me cansar do ar que eu respiro? Da água, do alimento, daquilo que me faz viver? E isso é, realmente, uma droga.
O pior de tudo, é que passo muito tempo só, o que significa tempo de sobra e espaço vazio em minha mente. Isso é bom ao mesmo tempo que é péssimo. O silêncio me conduz á reflexão, que me leva cada vez mais rápido a ceder ao meu vício particular, ele, o meu... Não posso pronunciar esse nome. Eu não quero. Não por aversão, mas por imensa necessidade de tê-lo, ou seja, uma completa incerteza. Mas não é algo que me preocuparei por ora. O que posso fazer? Somente deitar no travesseiro e esperar que o amanhã demore.

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