tag:blogger.com,1999:blog-7627214764395319942024-03-13T22:02:12.098-07:00Blog da Vanessa"Onde o sentimento Vive!"Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.comBlogger73125tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-51780548300267498942018-04-22T20:25:00.001-07:002018-04-22T20:25:52.466-07:00Seda<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDPQ5BcUVTSJMcaXYwrKDWchWxK_j12TRQfVjjtqrXAu8OgIAqeOVhcsJ2XidhZh2dzFvoOB73lXSIdtJyPcXmHxeL6lzleDeCHYFMC_VCBPmIUl2yAN3N4AcR4UCzUO18dcTWjqqIdk-U/s1600/casal+abra%25C3%25A7o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="713" data-original-width="497" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDPQ5BcUVTSJMcaXYwrKDWchWxK_j12TRQfVjjtqrXAu8OgIAqeOVhcsJ2XidhZh2dzFvoOB73lXSIdtJyPcXmHxeL6lzleDeCHYFMC_VCBPmIUl2yAN3N4AcR4UCzUO18dcTWjqqIdk-U/s320/casal+abra%25C3%25A7o.jpg" width="223" /></a></div>
Me abrace.<br />
Faz de chama este amor,<br />
Deixe que arrase.<br />
Que mesmo que se acabe o sentimento,<br />
De um novo tirarei algum sustento.<br />
<br />
Mas se assim me entregar,<br />
No anseio deste olhar<br />
Que por dentro faz vazão,<br />
<br />
Sei que o tênue tormento,<br />
Junta graça e sofrimento,<br />
Se constroem na paixão.<br />
<br />
E em teu ego me enlaço<br />
Na arrogância desabafo,<br />
O que sempre aqui senti.<br />
<br />
<br />
Este elo que se prende<br />
Duas almas, de repente,<br />
Tecem infinito fim.Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-45101820958827247682017-09-01T19:16:00.000-07:002017-09-01T19:17:40.640-07:00Enleio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_dTqggB79TjXqKngW3TT83ENIvLAS28kCzIO3yCllyWdNEQo3VHlByaXvc3u2Rr2V_Kft1selrOj4U-PrQLcumhKDy3DPeM9a3Xgb9jguqPm2CvDXhM6phkfGRLCXGJtwALD78wm7n4EB/s1600/saudades-de-casa-intercambio-press-abroad-intercambio-1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="871" data-original-width="1306" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_dTqggB79TjXqKngW3TT83ENIvLAS28kCzIO3yCllyWdNEQo3VHlByaXvc3u2Rr2V_Kft1selrOj4U-PrQLcumhKDy3DPeM9a3Xgb9jguqPm2CvDXhM6phkfGRLCXGJtwALD78wm7n4EB/s320/saudades-de-casa-intercambio-press-abroad-intercambio-1.jpg" width="320" /></a></div>
Sinto o sol que risca pequenas fagulhas em minha pele. Que transpassa o calor por minhas roupas e torna minha pele aquecida. Ouço a melodia do mar que se estende frente a mim e conta todas as histórias de uma eternidade. Sinto o vento, que traz os sussurros das tantas vidas que por ali já estiveram.<br />
Sinto, estou, pois, viva.<br />
Mas não me sinto assim.<br />
Se pudesse usar de todas as palavras existentes, não conseguiria explicar ainda assim. É tudo tão bagunçado.<br />
Se o calor do sol é uma fonte de energia própria, por que ele precisa da lua? Por que não está satisfeito?<br />
Sinto o calor, sinto o afago, sinto o carinho. Sinto tudo que devia sentir.<br />
Por que tenho a sensação de que algo me falta?<br />
O vento sussurra respostas que não quero escutar.<br />
Verde.<br />
Por que tão verde?<br />
Esta luz verde reluz em minha mente tantas vezes. É a cor? Por que ela significa tanto?<br />
Por que tão presente?<br />
Por que tão ausente?<br />
Por que seus resquícios perseguem minhas ideias?<br />
O que significa esta vontade inesgotável de se ver a lua, se têm-se o sol?<br />
E esta luz cega minhas certezas, e ao mesmo tempo não as abala nem um pouco.<br />
É luz que brilha, mas que traz a escuridão.<br />
Poderia ser tudo tão fácil.<br />
Mas em qual universo uma mente confusa não paira sobre as coisas simples?<br />
A luz do sol traz o calor que faz afastar os pensamentos.<br />
Mas ele sempre voltam.<br />
É possível pairar sobre luz e escuridão ao mesmo tempo?<br />
<br />Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-10767261022394465452015-04-27T06:30:00.001-07:002015-04-27T06:30:16.893-07:00Luz e Sombra<p dir=ltr>   Novamente encontrava-se à janela. O murmúrio do vento contava-lhe segredos e histórias do lugar onde vivera tanto tempo. Só a noite, porém, insistia em pregar-lhe as peças das quais tentava escapar com frequência. E o vento? Ah, o vento! Junto ao farfalhar das folhas soprava com decoro. Tal qual... os passos de um certo cavalheiro, que  seu coração soava como dança, música... uma cadência de palavras e poesias que só cessava no ruído dos lençóis e nas juras de amor. Tão suave quanto o nascer da aurora. Tão sutil quanto o toque da seda. Tão forte quanto as batidas de seu coração lhe pareciam.<br>
    Mas havia tempestade.<br>
    A noite não vinha sozinha. Bastava-lhe que o sol virasse as costas para que a neblina e o manto negro de nuvens profanassem o antigo brilho com seus trovões.<br>
    Ah, as lembranças.<br>
    E então o espectro de suas lembranças lançavam em sua mente as mesmas sombras que havia ao seu redor.<br>
    Negros como o luto e ardentes como o fogo eram os cabelos e os olhos do segundo cavalheiro que se apresentou em sua alcova. Mais arrepios que o frio invernal causava-lhe sua presença, e assim permanecia ao sentir seu corpo enconstá-la à parda parede. O vento entra na sala e corta o fio da palavra. Só o toque dos lábios rudes permanecem em seu pescoço, e únicos em sua mente. E assim como no exterior, seu corpo vira em tempestade.<br>
Eis que luz e escuridão encontram-se e anulam-se. Ao fim do dia, ambas a servem, nenhuma lhe pertence. Ao cair da noite não resta nem luz, nem sombra. Apenas o lusco-fusco desesperado de seu coração.<br>
Enquanto sente que a sombra eo fogo lhe consomem, seu assolado peito clama pela luz. Sua débil voz tenta fugir do abismo:<br>
- Acho... que deveis ir... agora.<br>
- Tu me desejas... - foi a resposta.<br>
E assim sente-se começar a naufragar no delicioso oceano de breu.<br>
- Sim... mas já deveis... ir embora.<br>
O cavalheiro deixou-lhe nas mãos uma rosa vermelha. E partiu.<br>
Iluminou a casa. Onde houvesse sombra estaria a tempestade. Onde houvesse brilho, a sua esperança.<br>
Mas no fim da noite nada lhe restava.<br>
Enquanto o dia não surgisse, só restava-lhe a rosa, que em sua plácida mão, sangrava-lhe tanto quanto o terno coração.<br>
O cavalheiro deixou-lhe uma rosa branca. E partiu.<br></p>
<p dir=ltr>Vanessa Puchalski</p>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qN4oY4wNQBpRFoD6e6sDpDGJ7oq9BezhkSADHTE1zwX2fbwNowasZl-9UB1PQRvXD8icDXRIsZXAeluOws8GrDAnA7Vl99py7d7og-PRak2ZVS5IsMRpt2764VxMn6G9-LUPHX37OuFF/s1600/unnamed%252520%2525282%252529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7qN4oY4wNQBpRFoD6e6sDpDGJ7oq9BezhkSADHTE1zwX2fbwNowasZl-9UB1PQRvXD8icDXRIsZXAeluOws8GrDAnA7Vl99py7d7og-PRak2ZVS5IsMRpt2764VxMn6G9-LUPHX37OuFF/s640/unnamed%252520%2525282%252529.jpg"> </a> </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-32888784146776454362015-02-23T18:22:00.002-08:002015-02-23T18:22:25.060-08:00A Metáfora do Anjo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhstaOsRyTrbUYlyOUL02Nfils5Z1n_zYxqeeSCm6i1D3TFO9t6qbtDa3hgT9ExjC_BE5q8-BKEorKyhF6Hu9FtzkklzPm0_m1UB9xEvnUUm7fUWALRVANgQEow1KLlxieqQm-pWMktV7vr/s1600/cooy.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhstaOsRyTrbUYlyOUL02Nfils5Z1n_zYxqeeSCm6i1D3TFO9t6qbtDa3hgT9ExjC_BE5q8-BKEorKyhF6Hu9FtzkklzPm0_m1UB9xEvnUUm7fUWALRVANgQEow1KLlxieqQm-pWMktV7vr/s1600/cooy.jpg" /></a></div>
E então eu era apenas David Valdivera escorado novamente no canto escuro de seu apartamento.<br />
Mais uma noite vazia e solitária, como costumavam ser as minhas desde um tempo que nem me lembrava mais.<br />
Quando me abstraía nesses momentos é que costumava aprisionar-me em meu interior e revelar a mim mesmo novamente o filme de tantas as coisas que já sabia. Ria da admiração das pessoas diante do ''grande e brilhante escritor'', como me pintavam.<br />
Olhei em volta. Com o tempo, passei a associar alguns objetos e situações às descrições de mim mesmo e meu estado de espírito. Contos sombrios. Uma xícara cheia de um café que esfriava, perdido. A fumaça dos sucessivos cigarros... a chuva. O vento. O frio. Todos tão vazios e perdidos quanto eu.<br />
Naquela noite estava fumando mais que o normal, embora estivesse são. À minha frente via-se toda a Barcelona das almas perdidas. Seus sucessivos picos de prédios e mausoléus erguendo-se como dedos longos demais para um céu que há muito tempo os havia abandonado.<br />
Deixava que aquela cidade dos malditos me contasse suas histórias quando ouvi passos atrás de mim.<br />
Ao olhar para trás, não surpreendi-me.<br />
- Boa noite, Daniel - cumprimentei.<br />
- Que diabos houve com você, David?<br />
- Também estou feliz em vê-lo.<br />
Olhava-me com aqueles olhos azuis lápis-lázuli assim como uma mãe repreendendo uma criança ou, nesse caso, um pai. Porém, seus cabelos lisos claríssimos e aspecto em geral eram perfeitos demais para convencer naquele tom severo.<br />
- Está sumido a cinco dias - acusou.<br />
- Estive em casa - protestei.<br />
- Sem atender à campainha e ao telefone.<br />
- Queria ficar sozinho.<br />
Suspirou.<br />
- Não entendo você, Dave.<br />
- Você e mundo.<br />
Daniel era meu amigo há muitos anos, desde criança. Talvez fosse ele o único elo entre mim e o mundo e o convívio social. De quando em quando saíamos pelas ruas da Rambla e pelo parque de La Ciudadela. Rimos e choramos juntos. Crescemos e permanecemos juntos. Gostaria de saber o momento em que o mundo contaminou a minha alma com tantas impurezas. Acho que a sociedade não afetou Daniel, mas corrompeu <i>a mim. </i>A ponto de ser o seu extremo oposto. Mas não sabia.<br />
E agora estava ele novamente no meu apartamento, cuidando de mim. E lá estava eu novamente, estragando tudo.<br />
- Como entrou aqui? - perguntei.<br />
- Pela porta da frente.<br />
- Estava trancada.<br />
- Não estava.<br />
- Está trancada há cinco dias.<br />
- É impressão minha ou está deixando claro que minha presença aqui está lhe incomodando?<br />
Parabéns David, seu babaca. Seja mais um pouco idiota com a única pessoa que se importa com você.<br />
- Oh Deus, não. Claro que não.<br />
- Então, diga. Por que insiste em se enclausurar neste canto anguloso, estreito e escuro da sua mente?<br />
Esfreguei os olhos, exausto de nada e de tudo ao mesmo tempo. Ainda segurava o cigarro na mão quando olhei nos olhos azuis daquele que conhecia coisas em mim que talvez nem eu mesmo conhecesse.<br />
- Eu me faço a mesma pergunta, Dan. O altruísmo, a bondade e a alegria de viver são, infelizmente, virtudes que eu não possuo.<br />
- Não pode ser tão intimista e de um modo tão negativo.<br />
- Sou um escritor de dramas. Se não for intimista <i>e </i>negativo não pagam meu maldito salário.<br />
- Não, você <i>é </i>os dramas que escreve. É diferente.<br />
Dei de ombros.<br />
- David, conheço escritores de tragédias que vivem muito bem e felizes. Não pode limitar sua imaginação apenas às coisas que é capaz de sentir.<br />
- Está querendo que eu mude o meu estilo literário?<br />
- Não. Só queria que seu estilo literário não fosse um reflexo da sua vida.<br />
- Não pode fazer milagres.<br />
Por algum motivo que desconheço, Daniel achou muita graça do que eu disse.<br />
- Não entendo o que achou tão engraçado.<br />
Aproximou-se de mim e olhava-me com uma seriedade que eu nunca tinha visto.<br />
- Um dia você entenderá que eu posso fazer muito mais coisas do que você imagina.<br />
Olhei meu amigo pela primeira vez naquele dia, realmente. Ficou muito próximo de mim. Sentia sua respiração no meu rosto, e daquele modo pareceu-me um tanto ameaçador. Senti um calafrio de medo percorrer minha espinha.<br />
- Vai me beijar agora? - perguntei, mal escondendo um tremor na voz.<br />
A tensão se desfez imediatamente, e vi ressurgir o sorriso de Daniel, que se afastou de mim para completar o espaço vazio na janela e olhar a mesma Barcelona que eu olhava a alguns minutos.<br />
- Não, David. É você quem gosta dessas coisas, não eu.<br />
- Gosto de muitas coisas diferentes.<br />
Riu com gosto.<br />
- Oh, sim.<br />
- Você também haveria de gostar, creio - brinquei.<br />
- Só é possível converter um pecador. Nunca um santo.<br />
Sorri com malícia.<br />
- E o pecador sou eu, suponho.<br />
- Isso é óbvio. Mas não mude de assunto.<br />
- Ah, droga. Tive esperanças.<br />
Voltou a me olhar com aquela preocupação que, do fundo do meu coração, eu pensava que não merecia.<br />
- Prometa pra mim que tentará <i>viver </i>um pouco mais. Não se tranque neste apartamento. A vida é cruel com todos, mas não desperdice seu tempo aqui sozinho. Vamos fumar, beber e cair juntos, como os bons amigos que somos. Só não enterre o que tem de bom aí dentro neste lugar vazio. O que acha?<br />
- Vai me socar se eu merecer?<br />
- Claro, seu babaca.<br />
Ri alto.<br />
- Assim é melhor - respondi.<br />
Abraçamo-nos e Daniel fez menção de sair. Naquele instante me senti <i>tão </i>grato... Podia fracassar um milhão de vezes, mas poderia me esforçar para pelo menos merecer uma parte que fosse daquela amizade de Dan.<br />
Reparei nele.<br />
- Você está meio ''radiante'' sabia?<br />
Ele contornou, mas não pude deixar de notar que ficou desconcertado.<br />
- Está fumando o quê, exatamente, David? - brincou.<br />
Oh, não. Não era impressão, mas não continuei o assunto. Devia muito a ele e não queria chateá-lo.<br />
- Você é um anjo - brinquei.<br />
Abraçou-me uma última vez<br />
- Cuide-se. Faça isso por mim.<br />
- Farei.<br />
E saiu. Se fosse um dia qualquer não teria notado o barulho estranho que ouvi em sua saída. Comecei a pensar que amigos eram mesmo anjos, mas sem asas e coisa e tal. Coloquei a cabeça para fora da janela para certificar-me que estava tudo bem com Daniel.<br />
Não havia sinal dele.<br />
Desci as escadas. Nunca fui um homem de duvidar muito do mundo e de suas peripécias. Como escritor, já ouvira falar de histórias da mais diversas, e seria louco de dizer que nunca acreditara em nenhuma delas.<br />
Eis que vi. O lugar onde provavelmente saíra. Lá estava. PENAS. Penas e o cheiro de almíscar de Daniel.<br />
Voltei para casa para entornar alguns copos de uísque.<br />
- Sem asas, é?<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
Vanessa Coelho Puchalski.Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-21759525576255371582013-11-14T17:59:00.000-08:002013-11-14T17:59:03.999-08:00Déja-vu<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqT9UW4O6ikllf6VnZt0jDXuKmm_4Gud_LfhpS3QkumH1pI-b-pqI2LX9KCkqnMokUG2bAMw_Kg3bZw4fGYtWatlgKB5moNQSPEQu9bq6R43V5gNyuecZpFmi3uSwiov5J6R1LvoGTdLUr/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqT9UW4O6ikllf6VnZt0jDXuKmm_4Gud_LfhpS3QkumH1pI-b-pqI2LX9KCkqnMokUG2bAMw_Kg3bZw4fGYtWatlgKB5moNQSPEQu9bq6R43V5gNyuecZpFmi3uSwiov5J6R1LvoGTdLUr/s200/download.jpg" width="148" /></a></div>
Que dor poética...<br />
ou dor de poeta? Desespero...<br />
Olhar um papel em branco, vendo-o pedir:<br />
"<i>preencha-me</i>"...<br />
E nada na mente lhe vem.<br />
As palavras que nesta mente costumam existir<br />
em tamanha abundância!<br />
SOMEM!<br />
<br />
Ah, eu sinto... todo o amargo, insípido, cortante sabor da desesperança, invadindo NOVAMENTE recanto tão sagrado, que louvei e preservei... e RECONSTRUÍ depois de muitas tempestades.<br />
<br />
...MAS RUÍRA! RUÍRA!!<br />
<br />
Ó, IRA! Ira que invade, abominável... DOR! Esquece-me!<br />
retira tua força de cem mil equinos!<br />
<br />
SAI!!<br />
<br />
Ó, Coração... rogo novamente tua informação. Por que deixaste Amor invadir-te novamente? Já conheces o estrago que lhe causa...Ó vida em que sentimento tão bom avessa-se para destruí-lo!<br />
Quantas vezes ainda verei-te a prestar luto?<br />
<br />
<i>Esfria-te. Componha-te. Esconde-te.</i><br />
<i><br /></i>
<i> </i>Antes que estejamos a <i>te </i>chorar a morte.<br />
Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-5733508400149992142013-08-29T11:47:00.001-07:002013-08-29T11:47:14.230-07:00Um Certo Ombro Amigo - Parte IV - Ralph<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqHAvvJECBfVIJRjjiK9r_8YDXNztxREW85hmJB5o5Bho_m2f2770xC1oiauK5aN5DkDRtxMty7zSgZgXY5gsEF0ddNWY86KwQoJl8r4Xm-hBa3_f0mfKlIiAekSKRUggGM2POLh5TA4u-/s1600/images+(1).jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqHAvvJECBfVIJRjjiK9r_8YDXNztxREW85hmJB5o5Bho_m2f2770xC1oiauK5aN5DkDRtxMty7zSgZgXY5gsEF0ddNWY86KwQoJl8r4Xm-hBa3_f0mfKlIiAekSKRUggGM2POLh5TA4u-/s1600/images+(1).jpg" /></a></div>
Já haviam se passado vários minutos desde que David começara a usar meu ombro para transbordar seu pranto. Depois desse tempo, alguma calma já havia se instalado nele. Seu rosto estava afundado em eu peito. Eu podia ver que já havia se recomposto um pouco, mas me preocupava que não estivesse muito confortável, afinal, meu músculos eram um pouco rígidos para servir de travesseiro.<br />
Pobre David... Tantas provas a vida lhe impunha. Era doloroso vê-lo naquele estado. Nada era mais evidente que seu desespero. Que raiva eu sentia por não poder curá-lo daquilo! Se pudesse, trocaria de lugar com ele e aguentaria qualquer dor, se isto fosse tirar dele esta que eu via. Lamentava tanto que não fosse possível dividir com ele todas aquelas dores, todas as vicissitudes e dificuldades. Eu encararia <i>qualquer </i>dor, quer física, quer psicológica, só para ver um sorriso naquele rosto. Não importava se fosse como amigo, ou como Homem.<br />
Mas naquele momento o único modo de prestar minha solidariedade era como seu melhor amigo.<br />
Como doeu. Doeu em mim ver aquela dor de Dave. Não havia como vê-lo naquele estado sem também sofrer. Senti minhas lágrimas, discretas, escapando pelo meu rosto, pois seu sofrimento também era o meu. Não reparei que David já secara os olhos e prestava atenção em <i>meu </i>choro. O silêncio que havia se instalado por uns instantes, e que eu não percebera, foi quebrado pela voz preocupada de meu amigo:<br />
- Ralph? O que houve, você está bem?<br />
Como pude ser tão descontrolado? David preocupado comigo! Que belo amigo que eu era. Como se não bastasse todos os infortúnios que ele tivera que aguentar naquela noite, ainda tinha que se preocupar comigo!<br />
Tratei de me controlar imediatamente, com todas as forças que consegui obter, e respondi-lhe:<br />
- Sim, estou bem. E você?<br />
- Melhor.<br />
E essa já era uma ótima notícia.<br />
Logo vi Dave recompondo-se. Tirou as mãos do rosto, onde antes estavam contendo o choro, e as deixou penderem.<br />
Mas eu podia sentir que alguma coisa estava errada.<br />
De repente, em tom de desculpas, ele falou:<br />
- Desculpe, amigo. Você deve ter os seus problemas também, e a única coisa que eu consigo fazer é me preocupar com os meus próprios.<br />
Não acreditei que estava vendo Dave apresentar aquele desprezo por si mesmo.<br />
Respondi, indignado:<br />
- Não David! Jamais pense assim.<br />
- Mas sempre foi assim. Eu sempre fui o bebê chorão e você sempre ficou ao meu lado, me protegendo. E o que eu fiz, por você?<br />
Nasceu, por exemplo.<br />
Não acreditava que estivesse falando tamanhos absurdos. Todas as vezes que ele tinha precisado de mim... Fora amizade! Cumplicidade... Por <i>amor. </i>Não conseguia vê-lo falando de si mesmo daquele modo, como se sempre houvesse sido um peso pra mim. David sempre fora tudo pra mim, mesmo antes de eu conhecer a mim mesmo realmente, e perceber o que acontecia. Simplesmente fiquei sem saber o que dizer.<br />
- Isso que você está dizendo é uma loucura, Dave.<br />
- Verdade? Então me diga algo que eu tenha feito de bom, além de compensar todas as minhas frustrações jogando-as em cima de você. É um modo meio estranho de agradecer.<br />
Tantas coisas que fizera de bom e nem fazia ideia. Se ao menos eu pudesse dizê-las todas... Mas <i>não podia. </i>Mas minha vontade disso parecia crescer. Vontade de dizer que comigo ele não sofreria jamais. Senti-me profundamente sozinho naquele momento. Tantos sentimentos guardados, trancados... Tantos impulsos incontroláveis que passavam pela minha cabeça naquele momento...<br />
- Ah, David... Se você soubesse...<br />
Tentei cobrir os olhos com a franja para disfarçar meu desespero. Esperava que não estivesse visível.<br />
De repente, David perguntou:<br />
- Ralph... é sério, você está bem? Por favor... se você estiver passando por algum problema, me diga. Deixe-me lhe ajudar com o que quer que for, para que eu pelo menos possa uma vez na minha vida fazer a minha parte e lhe agradecer de alguma forma. Ver se pelo menos eu deixo de ser tão egoís...<br />
Cortei a sua frase... Com um beijo. Não pude reprimir-me. Vê-lo falando daquela forma fez ruir o meu autocontrole. Não sabia o que podia acontecer depois. Era normal para mim, mas não para ele. Eu não tinha os cabelos loiros e compridos da Gwen, nem suas curvas, muitos menos o seu jeito feminino, e nem queria ter. Não era esse tipo de homem. Não podia oferecer essas coisas à Dave, mas podia oferecer meu sentimento, que era o que realmente importava.<br />
Havia saltado de meu assento para tomar seu rosto nas mãos. Vi-o surpreender-se com a minha atitude, mas eu não estava em condições de raciocinar direito sobre o que estava fazendo. Deixei minha boca moldar-se na sua.<br />
Aquela boca, aquele beijo! Eu já havia imaginado o momento algumas várias vezes ao longo da minha convivência com David, mas sempre havia reprimido com toda a minha força de vontade o impulso ao qual cedia agora. Podia senti-lo paralisado. Uma reação não muito anormal. Eu já esperava por algo assim vindo dele.<br />
David foi afastando-se de mim, sem alarme, e observou-me, perplexo.<br />
- O que foi isso, Ralph?<br />
Minhas palavras saíram num rompante, incapaz que fui de contê-las:<br />
- É isso que eu sou, David! Se você quer saber o que me deu, eu digo. Foi com você que eu aprendi o que é <i>amar. </i>Deus, devo estar ridículo falando isso... Você vai me evitar, não vai mais manter grande contato comigo, e talvez até nem fale de mim na frente das pessoas. Mas mesmo que eu te perca, Dave, não posso morrer sem antes dizer que amo você. Mais do que como meu melhor amigo. Como eu desejei dizer que você não precisava mais sofrer, que podia ser feliz com alguém... <i>comigo. </i>Faz anos que eu luto contra esse sentimento, mas hoje eu cheguei ao meu limite.<br />
Aquela reação dele... David nada disse. Eu já imaginava o que poderia ver no rosto dele no dia em que eu revelasse tudo aquilo, mas me descobri incapaz de suportar encontrar em seu rosto a decepção, surpresa, talvez até repulsa. Eu não ficaria ali para ver aquilo acontecer. Reuni o pouco de dignidade que me restou, levantei-me e fui correndo em direção à porta. Mas pelo visto minha cabeça tinha outras ideias, pois no momento em que o fiz, vi-me tomado por uma forte vertigem, que acabou por me fazer cambalear, antes de perder as forças e tombar ao chão. Deve ter sido efeito da intensa carga emocional.<br />
Por alguns instantes, fiquei em total falta de percepção de meus sentidos. Tive a impressão de que estivesse sendo carregado, mas não pude afirmar realmente. Somente alguns segundos depois é que fui voltando a mim mesmo. Senti a maciez de uma cama. Senti alguém levantando com suavidade minha cabeça e ajudando-me a engolir um pequeno objeto sólido. Provavelmente um comprimido. Meus sentidos foram se recuperando aos poucos.<br />
Então vi David novamente. Mesmo que estivesse sentindo o efeito do calmante apoderando-se de mim, fazendo com que meu corpo inteiro entrasse em relaxamento, não pude evitar de afagar-lhe o rosto. Sentia uma esperança tão grande... e nem sabia do quê, especificamente. Mas era uma esperança que parecia ter mais peso do que a minha própria vida. Senti voltar aquele sentimento que tinha por Dave, tão forte e constante quanto estava quando cheguei ao seu apartamento. Em seu rosto havia uma expressão que se parecia muito com compreensão, mas novamente não pude ter certeza disso em razão do efeito do remédio.<br />
David aproximou seu rosto do meu mais uma vez, e beijei-o novamente. Não sabia por qual motivo ele o fizera, mas não estava em condições de pensar.<br />
Senti meu corpo relaxar vagarosamente.<br />
David ficaria ao meu lado, pelo menos até que eu acordasse.<br />
Tudo estava bem, por ora.Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-37520353939656625982013-02-20T12:41:00.004-08:002013-02-20T12:41:50.302-08:00Descrição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Nv-Uh1EkZ7EqnjkHZ_lfJTOKFRZGp75BlSpcZfhpr5Mm84fJHTSHyHTlZgIo8ZKvIwDAAEsd253s_yFIpSCrOvFYhotWonzcoJfM4Oqqzt-nO43Dn3wigQ8cgXz_4pJ7BQXAzq4vi3Pe/s1600/images.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2Nv-Uh1EkZ7EqnjkHZ_lfJTOKFRZGp75BlSpcZfhpr5Mm84fJHTSHyHTlZgIo8ZKvIwDAAEsd253s_yFIpSCrOvFYhotWonzcoJfM4Oqqzt-nO43Dn3wigQ8cgXz_4pJ7BQXAzq4vi3Pe/s1600/images.jpg" /></a></div>
Belo meu, que aqui descansa<br />
Essas faces cor das rosas<br />
Quais carmins, de tão formosas!<br />
De ondas vivas me balança.<br />
<br />
Deita o rosto no ombro meu,<br />
Com tal âmbito deixado,<br />
Pra que o rosto tão amado<br />
Sinta qual nuvem no céu.<br />
<br />
<br />
E os olhos, tal de luar<br />
Brilham com tamanho afinco<br />
E beleza... que lhos sinto<br />
Desse amor me fatigar!<br />
<br />
Posso mesmo acreditar<br />
Que esses teus olhos, tão teus..<br />
Com tanto louvor amados<br />
E tal destreza formados,<br />
Também são olhos tão meus?<br />
<br />
Vanessa Coelho Puchalski<br />
<br />Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-78589898674269441482012-05-14T11:20:00.002-07:002012-05-14T11:20:32.921-07:00Uma Sombra<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4c0BzHBH6XaD2mOMOvcAgfurLIaXD6dAhHc0cmPi5lIQ6nlD6pn2cDt7awTfjmCQn8TtLdmsdv6lswARNhXFUAz_QWowWeqJp2WKwMwv76v4KIsrbYWXsUv1ptqEGTM8FGSEMxVpZPWEd/s1600/homem-do-guarda-chuva.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4c0BzHBH6XaD2mOMOvcAgfurLIaXD6dAhHc0cmPi5lIQ6nlD6pn2cDt7awTfjmCQn8TtLdmsdv6lswARNhXFUAz_QWowWeqJp2WKwMwv76v4KIsrbYWXsUv1ptqEGTM8FGSEMxVpZPWEd/s320/homem-do-guarda-chuva.jpg" width="320" /></a></div>
Apenas uma sombra a mais na rua já escura.<br />
Não era igual ou diferente de nenhuma das outras sombras que fingiam-se brilhar andando na luz. Meu relógio de pulso que ganhara há um ano estava com os ponteiros parados desde que o ganhei. Quando a mente pára no tempo não há razão para sabê-lo de fato. Fumava, e a fumaça dos sucessivos cigarros já fazia parte do meu aspecto envelhecido. Tinha uma casa para onde voltar, mas escolher entre a solidão melancólica da casa e a da rua, eu preferia a rua. O cabelo desgrenhado há tempos não sabia o que era receber qualquer cuidado. Ganhava bem sem fazer nada. Mesmo assim, os únicos luxos aos quais me permitia eram: me alimentar o suficiente, comprar Whisky, cigarros e tomar banho diariamente. <br />
Esporadicamente topava com algum conhecido, e sempre ouvia-os dizer "nossa, como está pálido Daniel". Talvez algum dia ainda acabasse sendo confundido com algum espectro perturbado. Mas gostava de andar na rua, principalmente no frio e na chuva.<br />
Na Itália a noite é uma identidade. Bom é passar pelas luzes dos cafés, das lojas que oferecem mil coisas, que as pessoas comprar sem nunca usar, e ouvir de furto em alguma loja retrô uma música qualquer da era dourada. Tudo isso despertava um saudosismo enorme em mim. Aquela negação que nos faz pensar que alguma outra época é seria melhor que o presente.<br />
Não sabia por que ou desde quando me sentia assim. Tinha tudo que um ser humano procura ou adoraria ter: dinheiro, fama, mulheres, carros... E mesmo assim ainda não sabia qual era a minha utilidade no mundo. Não tinha ambição alguma ou motivos para continuar ali. Não que tivesse vontade de morrer, mas também não via sentido algum na vida.<br />
Começava a chover. Não me importava em me molhar. Escorei-me em um poste e fiquei olhando a chuva. Em pouco tempo a água já havia penetrado os tantos casacos e o cachecol. Em três dias estaria gripado. Não que eu ligasse para isso, afinal, nada que umas aspirinas não resolvessem.<br />
Olhava o céu, a lua. Quantas pessoas estariam questionando a própria existência naquele momento, além de mim? O que será que aguarda cada um de nós, homens, após a morte? Por que as pessoas nascem, crescem e vivem? Talvez a verdade seja que todos, de alguma forma, esperam pelo dia em que toparão com "a viagem", se é que ela existe.<br />
A conclusão a que chego, é que nasci fora de meu tempo. Em uma era onde tudo começa e acaba rápido demais. Onde a efemeridade das coisas faz com que tudo seja vivido tão superficialmente que o profundo parece ridículo, quando deveria ser justamente o contrário. Onde as pessoas vivem desgostosas, e com razão, em um mundo que está cada vez mais pobre de caráter.<br />
Melhor é voltar pra casa. Continuo andando, procurando meu lugar no destino. E no caminho aprecio a iluminação dessa cidade em ruínas, ofuscada por uma luz e alegrias que são falsas. Indo para longe de todas as pessoas que promovem essa triste realidade. Pessoas que, sentadas em um ornado trono de arrogância, passam a vida inteira apontando os dedos. Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-10803768663513347642011-12-01T17:42:00.002-08:002011-12-01T17:56:36.440-08:00Sem mais Delongas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSCOw3Qh6sJGtkisdcSkbIFTZ4SZ1JlMgbDNqI9UDXG4YlaHnVcYXGz9xbSWdpCnermpMQa5BoeHoJRK_jiMvWwp11qUQSYdc6MA_AgwJPCnQW30XR4iFf60s4PjrIBNsaSbFDeRZwj8nf/s1600/casal-apaixonado.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 216px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSCOw3Qh6sJGtkisdcSkbIFTZ4SZ1JlMgbDNqI9UDXG4YlaHnVcYXGz9xbSWdpCnermpMQa5BoeHoJRK_jiMvWwp11qUQSYdc6MA_AgwJPCnQW30XR4iFf60s4PjrIBNsaSbFDeRZwj8nf/s320/casal-apaixonado.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5681341395672384242" /></a>Ah! Como me agrada sentir cair nos poros<div>A sutil e gélida maciez do orvalho noturno!</div><div>Faz-me ele lembrar, tantas vezes, essa suavidade que sinto em ti, todos os dias.</div><div>Que amo.</div><div>O quê!? Diz-me que não me atrevo a falar-te em cara do grande amor, calado, irresistível martírio,</div><div>Suave delírio,</div><div>Que é amar-te?</div><div>Pois saibas: Não mentes.</div><div>Com que esplêndido e sincero desejo hei de amar-te, se ao topar-me com tua fronte, sinto cair de mim, cobarde, a coragem? Que amor hei de te dar, se só o pálido sorriso já estremece-me as estruturas do corpo?</div><div> Se bem que nada há nisso de tão exacerbado. Não esqueçamos da lua que, mesmo disfarçadamente ama, cálida, o sol.</div><div>Ao passar de cada nuvem, cada qual, sucessivamente, reclamo, proclamo, sobre sua égide nua e macia:</div><div>Que entendes meu desespero para ouvir-te</div><div> O canto suave</div><div> Ao som de uma clave,</div><div> E com ânsia beijar</div><div> Dos lábios, as traves.</div><div> E há esse encábulo meu, que tece</div><div> A teia que minhas palavras prende. </div><div> Impede-me de te dizer ...sonetos.</div><div> Mas essa plácida mão, que desenha tais palavras,</div><div> Dá à ti o fulgor, a pele crua.</div><div> Avante! Pegue dela!</div><div> Essa tênue vida, que é tua. </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-69108068459031711672011-10-31T18:35:00.003-07:002011-10-31T19:16:36.639-07:00Jades falantes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQRQqKw2SPcWGIjyI_EXjy8b8kDYds5FA02Hl5HIgv09zYZrMcQCwai4tByTOQh0ofh4wYZWZujq79UefWkquQYSE64hXqmQ5-u9Q2DnwwK7k_Do9KvNMUPrZ-_V6dcbVmr4nSLxqsLC1J/s1600/olhos-masculinos.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 139px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQRQqKw2SPcWGIjyI_EXjy8b8kDYds5FA02Hl5HIgv09zYZrMcQCwai4tByTOQh0ofh4wYZWZujq79UefWkquQYSE64hXqmQ5-u9Q2DnwwK7k_Do9KvNMUPrZ-_V6dcbVmr4nSLxqsLC1J/s320/olhos-masculinos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5669839401448456482" /></a> Não sei por que ainda me pego no flagra lhe observando. Muito menos por que não se rompe esse elo invisível. Seria mais simples. Mas depusemos de seus postos as analogias... Tudo é puramente individual. Pessoal. Sei que, mesmo que cante liberdade, continua preso, continuo também.<div> Não sei. Talvez sejam os olhos. É, deve ser esse espelho que carrega na fronte que lhe entrega. Pois mesmo detida por sua muralha, enxergo-lhe a alma sempre que me olha com, não outro, <i><b>aquele</b> </i>olhar.</div><div> São eles, sim, sua perdição. Pois mesmo quando cala, em um silêncio ensurdecedor, eles me gritam em agonia, descrentes e imprecisos do que seja o orgulho e a arrogância.</div><div> E por mais que não perceba, que não queira, o verde dessa jade que tem no lugar da íris diz o bastante. Embora, dizer não baste.</div><div> Pois se as cortinas se fecham e o brilho desses astros se perde...</div><div> De que adianta?</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-38774869693740155852011-10-10T15:32:00.003-07:002011-10-10T15:51:39.127-07:00É uma Dança<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHShNM9ckJZXwU6kse9MhQjy1KKPuUevrTuahutXNnFZadAy9rhj4qpUdsH5pOi8tHTvYrvOUAFMwd3Zh_rSLMWHXvVuhFjjfFhLLglAXo_9r5HfAda0lSZXa9PPZqW5tbky8n0pWIJfXw/s1600/Equil%25C3%25ADbrio.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 314px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHShNM9ckJZXwU6kse9MhQjy1KKPuUevrTuahutXNnFZadAy9rhj4qpUdsH5pOi8tHTvYrvOUAFMwd3Zh_rSLMWHXvVuhFjjfFhLLglAXo_9r5HfAda0lSZXa9PPZqW5tbky8n0pWIJfXw/s320/Equil%25C3%25ADbrio.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5661995181449246162" /></a> Meus pés movem-se em passos contínuos.<div> É um dia de sol, campo, reflexo. Grama. Reflexo. Flores, adivinhe, e reflexo.</div><div> O vento é quem dita o ritmo. O farfalhar das folhas, o compasso. E meu coração, a batida minuciosa que rege os outros tons.</div><div> Os braços que me envolvem riscam pequenas fagulhas no meu peito. Ascendem. Assim como meus pés, esses outros dois me seguem igualmente. Sintonia. Sincronia.</div><div> E os olhos são campos magnéticos, opostos e atrativos. Fixam nos meus. Fixo-os nos dele. Nossos movimentos seguem o vento, ele nos segue. Assim, somos um, e a natureza nos acompanha pela simplicidade dessa totalidade.</div><div> Enquanto os pés dançarem e elevarem-se no ritmo das folhas, também seguirão o ritmo dos anjos.</div><div> Estamos no céu.</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-63068360083340610142011-10-02T14:52:00.003-07:002011-10-10T16:08:57.254-07:00Papel Clichê<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilkw_DlsHBOPyLJAjN8BaKkUlJfQVNPUi2Kc112trb_7orOpwlnR7_sfdDiemAf8l1Kpjuj44Sdpa2llaBNKOCRwC5JcTO-LJbU4fDNRwGeRxIAu8ExAHybdBeQlKtgBJzfMjNMYp6G75E/s1600/solidao.png" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 300px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilkw_DlsHBOPyLJAjN8BaKkUlJfQVNPUi2Kc112trb_7orOpwlnR7_sfdDiemAf8l1Kpjuj44Sdpa2llaBNKOCRwC5JcTO-LJbU4fDNRwGeRxIAu8ExAHybdBeQlKtgBJzfMjNMYp6G75E/s320/solidao.png" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5659016254445423954" /></a>A vida tem dessas peripécias.<div> Todos os dias morreis sem viver. Morreis pouco a pouco. Afogai-vos em amargura e melancolia.</div><div> Decorre-se o tempo e vos vejo, justamente, cortar o fio da esperança. Por quanto viveis? O que vos faz ver? Seriam as folhas das árvores, tragável, viciante natureza? Ou vossos suspiros são por papel-dinheiro?<br /> Será que esta "vida" que comprais, vale esta Morte que viveis? Acordai desse sono profundo, ignorância, que persegue os homens! Tendes muitos trens a pegar sem rumo.</div><div> Privilégio dos homens e mulheres, abdicar do comum, tendes. Deveis amar, não o verde papel. Só vivereis quando amardes o homem sem sociedade.</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-69378968958680370842011-09-17T16:42:00.002-07:002011-09-17T17:40:30.367-07:00Pontes Indestrutíveis?<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6MK_mYu7TRpLTnngzCNmj4bHK5zHbYi5q7sY1Y19eR5pfhE6sDrecgMijCYkzt_09DfLTjmPTmkFpQtEz58ImBnjzGndH5LB-H8ct9-MOWzAyA2tyE6KrnSrPQVN93qXqEJEShcOpArO/s1600/PONTE.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhN6MK_mYu7TRpLTnngzCNmj4bHK5zHbYi5q7sY1Y19eR5pfhE6sDrecgMijCYkzt_09DfLTjmPTmkFpQtEz58ImBnjzGndH5LB-H8ct9-MOWzAyA2tyE6KrnSrPQVN93qXqEJEShcOpArO/s320/PONTE.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5653481811395078818" /></a>Lembro de ser jovem, e mesmo ao longo de meus poucos anos, ter construído umas poucas pontes. Cada qual com seu material. Cada qual com seu tamanho e importância.<div> Mas lembro-me, principalmente, de duas pontes. Uma chamei de Amor, e a outra de Paixão. Foram pontes distintas, mas semelhantes em diferentes aspectos. Cada uma me levou por um caminho diferente, mas, seguindo o princípio da conservação, acabei sem nenhum resultado diferente. Todas as trajetórias me levaram a um mesmo lugar. </div><div> Amor, lembro que levei mais tempo em sua construção. Sei que a fiz devagar, concretando seus espaços dia após dia, vendo-a progredir, indiferente ao sol e á chuva. Paixão chamei, mas depois de um tempo não me respondeu mais.</div><div> De minhas memórias resgato esta que vos digo: visitava-as, Amor e Paixão, todos os dias. Amor era forte e corpulenta, muito mais concreta. Paixão era mais abstrata, mas seu fluxo era muito mais intenso.</div><div> Tempo, fator absoluto. Depois de todo o potencial, as pontes passaram por suas tempestades. Seus dias de sol e chuva, antíteses que vieram a enfraquecê-las. Assisti seu declínio ainda em vida, embora pense que assemelhe-se mais á morte.</div><div> Amor e Paixão ruíram, mas de seus escombros criei nova ponte, que chamei de Ilusão. Ilusão, resultado dessa mistura de sentimentos.</div><div> Porém, ilusão fora iluminada por nova ideia. Uma reforma. Hoje está nova, tanto que lhe foi atribuído um novo nome:</div><div> Esperança.</div><div> Essa, eu apelidei Indestrutível.</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-17726500447505926242011-09-14T17:00:00.003-07:002011-09-14T17:30:54.176-07:00Era nostálgica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtO6EfTaHuu7msZ653yh52_yPcJKD6N4x5D0zEcmrOUgfoTXt2waAyVGReX8n6b_TOpEaLqJF-jO97Eo_7gyJu81IECB5CblntsiTgoqdg5N5AQx_cXnrVBKMXJleG0UvcIvIYFI8tPuIL/s1600/5671237970_d2b681a7f1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 238px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtO6EfTaHuu7msZ653yh52_yPcJKD6N4x5D0zEcmrOUgfoTXt2waAyVGReX8n6b_TOpEaLqJF-jO97Eo_7gyJu81IECB5CblntsiTgoqdg5N5AQx_cXnrVBKMXJleG0UvcIvIYFI8tPuIL/s320/5671237970_d2b681a7f1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5652371323548377410" /></a> Quem puder bradar aos quatro ventos seu amor, que seja afortunado, pois não há alegria maior do que não ter pretexto para <i>sentir.</i><div> A manhã clareia a janela, assim como minha alma. A luz, consolo de um espírito perdido dentro da vestimenta que é o corpo. E o frio? É aquele que congela, duro como certas palavras que já me atiraras, com ou sem intenção.</div><div> Sei que o frio machuca, mas a neve é linda de se ver. Ver estes flocos, alvos, mínimos, a marcar de branco as copas das árvores. Mesmo que as deixem despedaçadas, as marcas deixam a nostalgia. Deixa que lembrem de sua imaculada perfeição.</div><div> Assim como minhas lembranças... e nostalgia.</div><div> Machucam por fazerem falta, e quando fazem... machucam. Mesmo, no entanto, assim como eu, a árvore não reage á neve. A ama.</div><div> Mas acho que sempre quis estar perdida... neste núcleo destrutivo, amor-revés. E do mel da tua boca extrair a essência que me move, elixir da vida.</div><div> Talvez por isso, nossos olhos se procurem, teimosos. Embora se evitem, se perdem um no outro. Depois se escondem, orgulhosos, impedindo o coração de enxergar através desse nosso viciado olhar. Mas assim como o sol faz brilhar os olhos, a noite chega e traz a escuridão, fazendo com que as sombras pesem nas pálpebras. O coração fica, então, no escuro.</div><div> E quando o dia virá? A consciência se pergunta.</div><div> Mas só se sabe que ele chegará, um dia. </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-38583088000486752782011-08-16T18:19:00.010-07:002011-08-17T17:53:21.158-07:00Um certo ombro amigo - Parte III - David<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihCwTHgprv3qbFKQfCyf5mEnni6arSEUDz_EYKC42z3f5EADY54E3YXtCZs920orv9GbJhuAtne3Fjod_4w2rvGpwhszmUxp5O-mrueOb4EojEbq2c0ndLdDcGC3dFC1I41S5Mqx6KUXbx/s1600/bebes.jpg.gif" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 181px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihCwTHgprv3qbFKQfCyf5mEnni6arSEUDz_EYKC42z3f5EADY54E3YXtCZs920orv9GbJhuAtne3Fjod_4w2rvGpwhszmUxp5O-mrueOb4EojEbq2c0ndLdDcGC3dFC1I41S5Mqx6KUXbx/s320/bebes.jpg.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641630158451542738" /></a>Passaram-se vários minutos desde que eu começara a usar o ombro de Ralph como apoio para o meu pranto. Não devia estar me sentindo tão confortável, já que seus músculos não eram tão macios, mas firmes e rígidos. Porém, talvez o alívio que eu sentia com seu abraço fosse mais psicológico do que físico. Talvez um conjunto dos dois.<div> Percebi que até então estivera tão imerso em minha própria dor, que não houvera reparado na intensidade das emoções do Ralph que estava ali comigo. Logo vi que não estava sozinho em meu sofrimento. As lágrimas discretas dele escapavam, teimosas, pelo rosto. As minhas eu já secara. Agora apenas observava as dele, em silêncio. Um silêncio que eu mesmo quebrei com minha voz preocupada.</div><div> - Ralph? O que houve, você está bem?</div><div> E com um controle incrível que tinha sobre si mesmo, ele despiu-se de qualquer energia ruim quase imediatamente.</div><div> - Sim, estou bem. E você?</div><div> - Melhor.</div><div> E não estava mentindo. Realmente o ombro amigo de Ralph tinha sido consideravelmente reconfortante. Logo que me recompus, tirei as mãos de meu rosto, onde antes estavam contendo o choro, e as deixei penderem, sem objetivo. Estava me sentindo um idiota. </div><div> - Desculpe, amigo... você deve ter os seus problemas também, e a única coisa que eu consigo fazer é me preocupar com os meus próprios.</div><div> Ele respondeu, então, indignado:</div><div> - Não David! Jamais pense assim.</div><div> - Mas sempre foi assim. Eu sempre fui o bebê chorão e você sempre ficou do meu lado, me protegendo. E o que foi que eu fiz por você?</div><div> - Isso que você está dizendo é uma loucura, Dave. </div><div> - Verdade? Então me diga algo que eu tenha feito de bom, além de compensar todas as minhas frustrações jogando-as em cima de você. É um modo meio estranho de agradecer.</div><div> Sua expressão oscilava entre a tristeza e a agonia.</div><div> - Ah, David... se você soubesse...</div><div> Seu olhar estava perdido atrás da franja, mas isto não impedia que seu desespero ficasse visível.</div><div> Minha mente deu um estalo.</div><div> - Ralph... é sério, você está bem? Por favor... se você estiver passando por algum problema, me diga. Deixe-me te ajudar com o que quer que for, pra que eu pelo menos possa uma vez na minha vida fazer a minha parte e te agradecer de alguma forma. Ver se pelo menos eu deixo de ser tão egoís...</div><div> Minha frase foi cortada pela coisa mais inesperada que poderia ter acontecido.</div><div> Em questão de segundos, Ralph saltou de seu assento, e tomou meu rosto nas mãos. Mas não foi isso que me surpreendeu. O que me deixou absolutamente perplexo, foi ter a sensação de estar sentindo a boca de Ralph moldar-se na minha.</div><div> Não consegui ter reação. Tentei fixar em minha mente que existia uma grande probabilidade daquilo ser um engano, mas naquele momento não conseguia sequer pensar direito. Minha expressão de espanto e incredulidade só serviam para mostrar o quanto eu não estava entendendo nada.</div><div> <i>O que estava acontecendo!?</i></div><div><i> </i>Afastei-o de mim, sem alarme, e o observei, ainda perplexo.</div><div> - O que foi isso, Ralph?</div><div> Suas palavras saíram num rompante, e cada uma delas servia como um tapa na minha cara.</div><div> - É <i>isso </i>que eu sou, David! Se quer saber o que me deu em troca, eu digo. Foi com você que eu aprendi o que é amar. Deus, eu devo estar ridículo falando isso... Você vai me evitar, não vai mais manter grande contato comigo, e talvez até nem fale mais de mim na frente das pessoas. Mas mesmo que eu te perca, Dave, não posso morrer sem antes dizer que amo você. Mais do que como meu melhor amigo. Como eu desejei dizer que você não precisava mais sofrer, que podia ser feliz com alguém... <i>Comigo.</i> Faz anos que eu luto contra esse sentimento, mas hoje eu cheguei ao meu limite.</div><div> Eu não sabia o que dizer.</div><div> Ralph tentou levantar e sair correndo, talvez receoso de minha reação, mas a carga emocional excessiva acabou por causar-lhe uma forte vertigem, e eu o vi cambalear pela sala, antes de perder as forças e tombar.</div><div> Reprimi qualquer pensamento que me impedisse de ir ajudá-lo. Saltei do sofá e sem demora tinha-o nos braços e carregava-o até o quarto de hóspedes, onde podia deitá-lo para que pudesse repousar. Deitei-o devagar. Lembrei que ainda tinha um calmante em cima da geladeira e não demorei a levar até ele. Levantei sua cabeça com suavidade e o ajudei a tomar o remédio. Seus sentidos já se recuperavam. </div><div> Eu o observava, ainda confuso. O que eu havia feito? Continuava excluindo meus pensamentos insanos e auxiliava-o. Eu lhe devia isso. Ralph... quando eu iria imaginar uma coisa dessas?</div><div> Antes de cair no sono que o calmante proporcionava, senti que Ralph, ainda meio zonzo, afagava meu rosto. A esperança em seu olhar tinha mais peso do que a minha vida. Agora eu entendia qual era aquele sentimento que não conseguira identificar anteriormente. </div><div> Aproximou meu rosto do seu mais uma vez, e por algum motivo que eu mesmo desconheço, deixei que realizasse seu desejo. Não o reprimi.</div><div> Vi seu corpo relaxar vagarosamente. </div><div> Será que seria mesmo tão ruim?</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-4190521986097446782011-06-22T17:47:00.001-07:002011-06-22T18:41:34.994-07:00Oblívio<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjQj3pWNVAj4Mcms6fVuN3d32qXHkK3EKrC3uulWnrgYxYd17-1g7cx_ZVU5Lnbzat52gkExCsnS7zA3EN6vzhDWGcjKpA0t0URuobQjRhsO-ruSsWhy5KkKVk2qZrmQehn2PFe5Y5CSWQ/s1600/MULHER+E+ROSA.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 214px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjQj3pWNVAj4Mcms6fVuN3d32qXHkK3EKrC3uulWnrgYxYd17-1g7cx_ZVU5Lnbzat52gkExCsnS7zA3EN6vzhDWGcjKpA0t0URuobQjRhsO-ruSsWhy5KkKVk2qZrmQehn2PFe5Y5CSWQ/s320/MULHER+E+ROSA.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621212911650627410" /></a>Ó, coração... por que vens ao som da marcha fúnebre?<div>Morreu? Sim, mas quem morreu? Ah, imagino que seja vosso amigo, o <i>amor.</i> Mas o que se passou com teu inquilino, grande abrigador de sentimentos? Ah, já sei! Amor, coitado, morreu de <i>solidão.</i> Creio.</div><div> Sim, excelentíssimo baú emotivo. O amor tem dessas peripécias... causa-te estragos. Depois de abrigado, destrói-vos. Faz ruir tua verdade e calor! Parece político, o tal. Devo-lhe algumas palavras.</div><div> Por que morreis, inútil? Foi feito para que vivesses junto aos vossos irmãos, paixão e carinho. Mas sempre tens de morrer antes do clímax, não é? Não percebes o estrago que faz! Antes ficasse morto, mas não... Sempre arrumas um jeito de aparecer, como o hálito de uma maldição. Mas deixe estar... deixe. Quem sabe um dia vais renascer vivo e forte, e trarás coisas boas a teus semelhantes, os sentimentos.</div><div> E pagarás os danos com juros, disse o coração. Filho maldito, tens a herança de teus pais, Amizade e Respeito. Da próxima vez, escuta-lhe os conselhos, pois se voltares a andar por aí - e vais andar - a causar danos demais em cada quarto novo que habitar, logo não vos aceitarão, e será substituído pela Ambição.</div><div> Claro, não te esqueças: Tens de cuidar de teu hospedeiro. Amor, vosso sangue, irmão, cuides melhor dos quartos que habita.</div><div> Antes que todas as portas se fechem em vossa fuça. </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-51292004753184671132011-05-16T13:30:00.003-07:002011-05-16T14:09:26.251-07:00Anjo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgddjuUPRUgTIHNKQCileIEpCAZKBKK_kgQL-vTxCYQKebql-TIqcTmYs4VtLAsW4VOSjUfqJO8dWi95NFgOOt9M6eKgdI1K5H9H0XVihHXOVpgvQ0AYGTaX-FcQPdzgFXw4mJ-1aoSCFPf/s1600/maos.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 234px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgddjuUPRUgTIHNKQCileIEpCAZKBKK_kgQL-vTxCYQKebql-TIqcTmYs4VtLAsW4VOSjUfqJO8dWi95NFgOOt9M6eKgdI1K5H9H0XVihHXOVpgvQ0AYGTaX-FcQPdzgFXw4mJ-1aoSCFPf/s320/maos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5607414886739624194" /></a>Estava quase na hora. O despertador quebrado jazia na cabeceira da cama. Quer saber como eu sabia o horário? Bem, eu sempre contei os segundos. Em meu quarto só ficaram os móveis velhos, e aquela janela sem vidro, pela qual sempre gostei de olhar as estrelas.<div> Para onde eu ia, não precisaria levar as roupas velhas em meu armário, e nenhuma das lembranças que guardava nele. Exceto uma. Havia uma coisa apenas que eu levaria comigo. Uma lembrança de momentos mágicos... que eu lamentava ter de deixar para trás, mas não tinha escolha.</div><div> - Me perdoe, Angeline... me perdoe.</div><div> Levantei. Já havia esperado tempo demais... O mundo ansiava para que eu me apressasse, almejando a hora em que eu o deixaria para sempre.</div><div> Por mais que pareça meio melodramático, sempre pensei em morrer no alto de uma colina, olhando o céu. Como se, estando mais perto fosse mais fácil alcançá-lo. Sorte minha morrer cumprindo este desejo. Azar o meu ter certeza de que não chegaria ao firmamento antes de cruzar o purgatório.</div><div> Fiz questão de deixar uma carta na caixa de correio de Angeline, uma carta ardorosa de amor. Falei tudo o que sentia por ela, coisas que eu nunca disse, e que ela sempre mereceu ouvir. Ela já sabia o que eu estava prestes a fazer, e apesar de fingir-se de forte, eu sabia que em seu interior ela sofria. Só que eu não tinha escolha... e ela ficaria muito melhor sem mim. Todos ficariam.</div><div> A colina a qual cheguei, eu sabia que seria a escolhida na primeira vez que a vi. Assim como Angeline. Em seu topo, estendia-se desinibida pelo solo, uma procissão de flores, de várias tonalidades. Pena fosse noite... Se fosse dia eu poderia admirá-las com a dignidade que mereciam. Olhando para além daquele cume, exibiam-se as belezas de minha cidade... com toda a sua constelação de luzes coloridas... Pessoas andando, passeando com suas famílias, seus cachorros... com sua felicidade. Essas alegrias já não faziam mais parte da minha vida. Eu perdera o direito a elas. Todas tinham algo em comum. Um propósito.</div><div> Eu também... mas não tinha o direito de obtê-lo.</div><div> E foi deitado em meio ás flores que esvaziei o frasco que carregava no bolso, derramando seu conteúdo na boca e sentindo-o descer pela garganta. Não demorou muito para que a consciência começasse a me faltar, fazendo com que eu me despedisse do mundo aos poucos.</div><div> - Eu te amo, Angeline... me perdoe.</div><div> Então veio o escuro. O vazio. O nada completo.</div><div><br /></div><div><br /></div><div> Cheguei a pensar que flutuaria naquela escuridão eternamente, mas após algum tempo, não sei dizer se foram segundos, dias ou anos, acordei em um lugar que não sabia definir nem como céu nem como inferno. Muito escuro e silencioso para o primeiro. Muito frio e úmido para o segundo.</div><div> Purgatório.</div><div> Solidão. Este sentimento sufocava-me naquele momento... e suas dimensões eram tão largas que me faziam pensar que viravam uma dor física. Não sei se o tempo corria do modo como eu havia aprendido na Terra, mas posso dizer que passei dias naquele lugar, andando naqueles corredores úmidos e carcomidos pelo mofo, em busca de alguma coisa que eu não sabia o que era. Não achava a luz, nem o fogo.</div><div> Cansado e desesperado eu chorava, sabendo que não era isso que eu havia imaginado. Aninhei-me no chão em posição fetal e em cima de uma poça d'água que havia ali. Nem me importei, pois sabia que aquela poça era das minhas próprias lágrimas.</div><div> Foi algum tempo depois, talvez dois dias, que meus olhos captaram uma mudança no ambiente. Algo se movimentava entre os corredores. A princípio pensei que fosse o demônio que cansou de me esperar e viera buscar-me.</div><div> Só que a sombra transformou-se em luz assim que entrou em meu campo de visão, e queimou meus olhos frágeis por um momento, tão acostumado estava á penumbra.</div><div> Acreditei que tinha perdido a razão, pois imaginei que aquela luz era Angeline, com seus cabelos negros e seus olhos castanhos, vindo até mim. Só me dei conta de que aquilo era real, ao vê-la mais de perto.</div><div> Primeiro veio o espanto, depois o amor... Depois o pânico.</div><div> O que ela estava fazendo aqui!?</div><div> Levantou-me e me abraçou com ternura, enquanto só o que eu conseguia fazer era chorar espantado e aterrorizado.</div><div> - Ange, o que está fazendo aqui?</div><div> Só havia em seu olhar, aquela ternura dos apaixonados, e aquela firmeza de quem sabe o que faz.</div><div> - Eu disse que estaria com você onde quer que estivesse. Vim buscá-lo.</div><div> Abriu um sorriso enquanto eu a via abrir as asas de anjo. Oh, minha Angeline... minha vida e minha paz, cuja alma era tão pura que nem teve de passar pelos horrores do purgatório. Não conseguia desviar os olhos dela. Aquela que agora queria me levar para a luz... junto de si.</div><div> Pegou-me pela mão e assim fomos juntos até acima das nuvens, para longe do frio... do fogo. Para a eternidade.</div><div> Existem amores que duram até a morte. Outros, porém, vão até além da vida. </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-18078667037740862892011-05-04T13:21:00.003-07:002011-05-04T13:32:50.399-07:00Olhos<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJmkX8TuuToD1CK0JFqFbijrxbhMQc07qLaxfE6G2sOmtyAZ5W3L43PrzyBGSeDb59HmvZgespX191tSbg37BrtvhIEYedi3BWADA4M8RtvEjOMVsfwM6hakQiE8E3eOrauURKJMhRyoAh/s1600/1_03.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJmkX8TuuToD1CK0JFqFbijrxbhMQc07qLaxfE6G2sOmtyAZ5W3L43PrzyBGSeDb59HmvZgespX191tSbg37BrtvhIEYedi3BWADA4M8RtvEjOMVsfwM6hakQiE8E3eOrauURKJMhRyoAh/s320/1_03.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5602958939247927506" /></a>Tenho aqueles olhos... de quem já sofreu sessenta anos em meros dezessete. Faço parte daquela parcela de pessoas que já conheceram do mundo somente - ou quase - a pior face.<div> Sou aquela que na mente tem... trejeitos... suspeitos, e na consciência, algumas atitudes das quais não se deve orgulhar. Olhos, aqueles... Sombras que não os deixam revelar... nada sobre mim. Só, talvez, aquela expressão peculiar que carregam aqueles que já perderam... toda a inocência. Adjetivo, substantivo. Arrependimentos passados. Não vou justificá-los, pois não há meio de fazê-lo sem entrar em contradição.</div><div> Faço parte daquela parcela de pessoas a qual a magia não alcança. Daqueles que tem a dor por tão constante companhia, que já nem é surpresa, e sim, certeza.</div><div> Uma palavra, um ato. A escolha dos personagens foi quem definiu o meu papel dramático. Melancolia coadjuvante... em mim protagonista. Tudo por causa de uma simples palavra, tão superestimada. Tão dolorida, tão amaldiçoada.</div><div> Amor... famoso anti-herói de meu coração.</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com17tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-56880318350393722862011-04-09T17:55:00.004-07:002011-04-09T18:25:14.859-07:00Fascínio.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0Teo_CwV-BkoJvnYaA2KH7HT8-37wzs67qv70h4Kp2YHl-O-AuTtIviLJd-GmgvWEA0XXGE_XFtpJEme6OJFIh0zKDD-c3nFoJW_sVgL1FpwCODcR1clnhyphenhyphenv5EJOFK-cjJJPoA0kfk149/s1600/b6b984c02849d6f80db599473f1cbf1e.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0Teo_CwV-BkoJvnYaA2KH7HT8-37wzs67qv70h4Kp2YHl-O-AuTtIviLJd-GmgvWEA0XXGE_XFtpJEme6OJFIh0zKDD-c3nFoJW_sVgL1FpwCODcR1clnhyphenhyphenv5EJOFK-cjJJPoA0kfk149/s320/b6b984c02849d6f80db599473f1cbf1e.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5593759616298366434" /></a><br /><div><br /></div>Amor, desligue o ar condicionado;<div>Deixe-me mostrar o calor de meu contato.</div><div>Deixe-se nutrir pelo sabor de meu beijo.</div><div>Deixe-se navegar, nesta vasta onda que chamamos <i>Desejo.</i></div><div><i><br /></i></div><div>Sinta meu toque, sem pressa mas sem demora.</div><div>Necessidade de outrora;</div><div>E de agora...</div><div>Sem medo de perder a hora.</div><div><br /></div><div>Esqueça o medo, eu não tenho limites se tu não os tiver,</div><div>Tenho um navegante coração de amores, se os quiser.</div><div>E se não quiseres som, tua boca a minha silencia...</div><div>Aproveite a noite amor, amanhã já é dia.</div><div><br /></div><div>Deixe sua boca trair o seu olhar, </div><div>E não subestime meu vigor,</div><div>Se o vento da janela substitui o do ar,</div><div>A paixão também vira, então, amor.</div><div> </div><div><br /></div><div> E não há mal que dure sempre, o sábio já dizia</div><div> E poréns aparecem, mas a tua companhia...</div><div> Compensa todos, qualquer um.</div><div><br /></div><div> Amor, carinho, prazer...</div><div> Existe contraste que me impeça de te querer? </div><div> Não consigo pensar em nenhum. </div><div><br /></div><div> <3</div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-55870515764267432132011-03-14T09:52:00.001-07:002011-03-14T13:50:42.574-07:00Nós Somos a Chave<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrIwuAMHm9P8phkhjxAY_kUalGo4dOqDPvxDVen7l9AC4vtxdXJG1BWS-KDCdK37hk_9xOFIV7MamrNGlMUIMV4AyoXPcWoIEAJxYbJGheOaCtPl6lHOQwuQptUqrgYtgFVlIQUKe_V3jQ/s1600/cara-pintada2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 233px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrIwuAMHm9P8phkhjxAY_kUalGo4dOqDPvxDVen7l9AC4vtxdXJG1BWS-KDCdK37hk_9xOFIV7MamrNGlMUIMV4AyoXPcWoIEAJxYbJGheOaCtPl6lHOQwuQptUqrgYtgFVlIQUKe_V3jQ/s320/cara-pintada2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583981433425678034" /></a> Hoje em dia, sentar-se na frente da televisão com tamanho interesse em saber como está sendo dirigido o seu país, é raro entre os brasileiros. O brasileiro perdeu o costume de interessar-se pela sua pátria. Aqueles que sobraram e que ainda lutam não o fazem por amor, e sim por uma troca. "Dá-me os cobres e as pratas que te dou o teu sossego."<div> Essas constatações geram outras; aqueles apesares que me fazem absolver do meu orgulho de ser brasileira. A televisão pinta o Brasil como se fosse o país das maravilhas, para os de fora, mas assim como na história, ele está trancado atrás de uma porta. Nós somos a chave, mas ao invés de abri-la, forçamos erroneamente e não conseguimos entrar.</div><div> Esses argumentos me fazem questionar o conceito de nacionalidade. Olhando as notícias, que expõem as tamanhas manifestações de violência entre as comunidades, a depravação inconsequente da natureza, realizada abertamente, eu sinto falta de tempos mais obsoletos; onde o respeito era uma característca marcante. Onde leis eram assunto sério, e as manifestações mostravam a figura de um povo <i>unido, </i>e onde a única violência que existia era verbal e sonora.</div><div> O que é nacionalidade? É orgulho. É respeito. É luta e acima de tudo é <i>amor. </i>Amor pelo chão em que se pisa, amor pela província em que se vive. É respeito por ti, por todos, por <i>nós, </i>brasileiros.</div><div> E a minha última pergunta é: O que é <i>Democracia? </i>O que esses <i>fantoches </i>de atualmente, que chamamos de cidadãos, que baixam a cabeça á regras falhas e injustas de um governo corrupto, têm de diferença do antigo Feudalismo? A sociedade atual é o Feudalismo reescrito, onde somos todos servos de um Rei cruel chamado Burocracia, e onde somos todos capatazes impiedosos de nós mesmos.</div><div><br /></div><div> </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-65709450118322957832011-02-21T12:20:00.004-08:002011-02-21T17:25:33.453-08:00Desvirtude<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqehEjlndp9eJ6iSduiR87UFl6lwIgYf6NGC3u2papIw_gjT1C-6m8vyghc6EDzyvqQxWFfCXGijkss0FRj3nfLDUU5DZKyvOoTSgGoe7SOlSyq9n2tK8W6DJNMrOKsbdy8kAE82gecUFn/s1600/Snow_White_by_Princess_of_Shadows.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 247px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqehEjlndp9eJ6iSduiR87UFl6lwIgYf6NGC3u2papIw_gjT1C-6m8vyghc6EDzyvqQxWFfCXGijkss0FRj3nfLDUU5DZKyvOoTSgGoe7SOlSyq9n2tK8W6DJNMrOKsbdy8kAE82gecUFn/s320/Snow_White_by_Princess_of_Shadows.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5576240581238879634" /></a>Com você aprendi a cometer...<div>7 pecados.</div><div><br /></div><div><b>Ira</b>: Pois todos os fatores que me afastam de ti, despertam a minha cólera, e a contradição me deixa completamente enraivecida.</div><div><br /></div><div><b>Gula</b>: Pois minha vontade de teu corpo, de teu cheiro e de tê-lo completamente para mim, é insaciável. Tenho fome, e tenho gula de ti, constantemente. </div><div><br /></div><div><b>Inveja</b>: Invejo a tua cama, que todas as noites têm o calor de seu corpo sobre ela, ao invés de mim. Inveja das tuas lágrimas, que vivem nos teus olhos, oscilam por tua face, e acabam nos teus lábios.</div><div><br /></div><div><b>Avareza:</b> Sou avarenta quanto a ti, pois te quero <i>só pra mim, </i> e não divido com ninguém. Quero-te pra sempre só ao meu lado, pra viver - e assim morrer.</div><div><br /></div><div><b>Preguiça:</b> Sim, tenho preguiça. Preguiça de ter que sair dos teus braços, de ter que me levantar da cama e sair do teu lado. Preguiça de ter de tirar minha boca da tua. Preguiça de viver sem ter de viver apenas pra ti.</div><div><br /></div><div><b>Soberba</b>: Pois adoro mostrar que te tenho ao meu lado, e que isso talvez seja a vitória que me faz ser maior. Orgulho, que jamais me deixa mostrar minhas fraquezas, pra que me admire como <i>forte.</i></div><div><i><br /></i></div><div>E a <b>Luxúria</b>: Pois meu desejo por ti é impossível refrear. Sem medidas, sem limites.</div><div>Sem fim. Cobiça eterna, extrema. </div><div>Amor, com uma dose de <b>paixão.</b></div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com13tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-55022626400147535792011-02-03T18:12:00.001-08:002011-02-15T08:18:55.823-08:00Adam & Érica II<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL46jV77OjUXj6ntWYlXRQGdkYPRmAGYdsXKfBwIhLRU1lHWCju80SBg7vKFGLCJLyCE3cZJQf1NJU3QdkS5cQe_yiSymvHICk-GjjR9wexdo0UtIGPbxDRplNGrnD2cUPUnnRYPVVsu6Z/s1600/beijo-casal-2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 292px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhL46jV77OjUXj6ntWYlXRQGdkYPRmAGYdsXKfBwIhLRU1lHWCju80SBg7vKFGLCJLyCE3cZJQf1NJU3QdkS5cQe_yiSymvHICk-GjjR9wexdo0UtIGPbxDRplNGrnD2cUPUnnRYPVVsu6Z/s320/beijo-casal-2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5569653048808041074" /></a><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Sentia seu olhar pousado em mim enquanto andávamos. Não tinha certeza se ele havia engolido a minha desculpa, então eu estava me certificando de carregar no rosto a expressão mais inocente que podia. Tinha certeza de que, se ele desconfiasse das minhas intenções, o que havia em meu rosto não o impediria de chegar á conclusão correta, mas o atrasaria de fazer isso. Sem dúvida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Quando chegamos em nosso destino, olhei rápida e discretamente em volta, procurando sinais da presença de umas certas garotas curiosas. Não havia nada. Não demorei em pedir-lhe o celular, e ele posou pra mim de boa vontade. Tinha de reconhecer que essas fotos ficariam muito boas depois de editadas. O tempo passou sem que eu agisse, pois eu pensei que estaria tranquila. Que prosseguiria sem problemas, e que não hesitaria.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>É, se fosse fácil assim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Pensei em todos os fatores decisivos antes de agir. Adam era um ótimo amigo, era adorável, doce. Belíssimo. Perfeito. O que eu estava esperando? E eu precisava tentar esquecer Andrew...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Tinha de ser logo. Rezei para que minhas pernas parassem de tremer como estavam fazendo naquele momento. Só depois que Adam falou comigo foi que eu percebi que tinha ficado absolutamente parada. Sem ação.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 13px; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span><i style="mso-bidi-font-style:normal">Droga! Estava protelando!</i></span></p> <p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif";mso-fareast-font-family: "Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span></span></i><span style="font-size:10.0pt; font-family:"Verdana","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS"; mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS"">- Érica, está tudo bem?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Eu não conseguia responder!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Érica? Érica? Desistiu das fotos?<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Sim, desisti – pensei. Eu já havia decidido que seria com Adam. Que seria hoje. Mas não <i style="mso-bidi-font-style:normal">quando. </i>Teria de ser agora. Deixei que meu corpo se enchesse da coragem que eu precisava. Respirei fundo duas vezes, de olhos fechados. Somente depois disso, é que olhei seu rosto confuso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Sim, eu sabia exatamente o que fazer.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Esqueça as fotos, Adam.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Avancei. Só precisei de dois passos para alcançá-lo. Assim que estava perto o suficiente, não pensei. Apenas deixei que meus lábios tocassem os seus, docemente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Ele demorou três segundos para entender o que estava acontecendo por causa da surpresa, mas logo que caiu em si, retribuiu o meu beijo com ternura. Adam beijava extremamente bem, um tipo de beijo que se pode chamar de raro. Ou único. Foi estranho admitir, mas nossos lábios moviam e moldava-se em uma sincronia perfeita e deliciosa. Seu hálito era tão bom quanto seu cheiro refrescante. Apoiei minha mão em sua nuca enquanto ele apoiava as suas em minha cintura e puxava-me para si.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Eu não queria parar de beijá-lo. Agora eu via o quanto estava perdendo enquanto ficava hesitando em relação a isso. Ele era tão... <i style="mso-bidi-font-style:normal">aconchegante. </i>Era quase impossível largá-lo. E eu não esperava que fosse assim. Podia afirmar tranquilamente que aquele era o melhor beijo que eu já havia provado na vida. Envolvente. Rápido e lento. Doce e picante. Um equilíbrio encantador e absoluto. Assim como o próprio dono.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Não pude deixar de dar uma olhadela em seu rosto enquanto o beijava. Estava tão sereno. Muito bonito, até de olhos fechados. Seu cabelo negro em contraste com a pele branca era realmente espetacular.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Depois de mais alguns minutos, separamo-nos. Adam sorriu com vigor, ainda sem abrir os olhos. Assim que o fez, falou, a voz levemente alterada:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Mudou de ideia?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Sorri abertamente.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS";mso-bidi-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Parece que sim.<o:p></o:p></span></p><p></p>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-45117497871446298382011-01-17T14:02:00.003-08:002011-01-17T14:14:11.538-08:00Fim<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSyaE8-D2y1upCpqUCTCmy2JuhpQY-KBvxTungcHMzROYVsukfUvW2aVcXnuTG-TE3JvYuLo2WDNrZjDN95574Fg3eJ-khJ_OhK5tQGcGmBpbGXPwf4LRycOaD2e-Jeotf-vY582FMc2yL/s1600/2636611392_065cbfa3b0_m.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhSyaE8-D2y1upCpqUCTCmy2JuhpQY-KBvxTungcHMzROYVsukfUvW2aVcXnuTG-TE3JvYuLo2WDNrZjDN95574Fg3eJ-khJ_OhK5tQGcGmBpbGXPwf4LRycOaD2e-Jeotf-vY582FMc2yL/s320/2636611392_065cbfa3b0_m.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5563279732552941186" /></a>Me chame de fraca.<div>Você não sabe as dores insuportaveis que senti.</div><div><br /></div><div>Me chame de sonsa.</div><div>Você não sabe o que é ser feliz apenas nas suas lembranças.</div><div><br /></div><div>Me chame de fria.</div><div>Você não sabe o que é encontrar na frieza, uma forma de <i>viver </i>sem <i>morrer </i>de dor.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Me chame de arrogante.</div><div>Você não teve de ouvir uma eternidade de críticas injustas. E calado.</div><div><br /></div><div>Me chame de descrente.</div><div>Você não teve de assistir ao declínio de sua vida de camarote. E calado.</div><div><br /></div><div>Me chame de imoral.</div><div>Você não sabe o que é ter todas as suas certezas, seus sonhos, arrancados de você em um só dia.</div><div><br /></div><div>E me chame de apática. De opaca.</div><div>Você não sabe o que é perder o amor da sua vida. Ou ser obrigado a isso.</div><div><br /></div><div>Se você levar um choque, se quebrar seus ossos, ou queimar todo o seu corpo;</div><div><br /></div><div>Você ainda não saberá.</div><div><br /></div><div>Porque não é como se alguém lhe enfiasse um punhal.</div><div>É como ser obrigado a enfiar um em você mesmo. </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-30011768318562398202010-12-23T16:08:00.008-08:002010-12-27T18:23:20.766-08:00Neve<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLL4EjTeD9iFYvOdC0kEfiTOnV1WVcyNPs0d81ovI66ugHuUxNowT7bJYBQi-E-9in5ykypscUJH5PR4FHIK_d1ArtQ4HdyzVZWxoAekiBNXXW9Uz_Wlmmx1OWUi7CrcTkLmkHOoPazwjY/s1600/4645162719_c7d10bcd0e_m.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 160px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLL4EjTeD9iFYvOdC0kEfiTOnV1WVcyNPs0d81ovI66ugHuUxNowT7bJYBQi-E-9in5ykypscUJH5PR4FHIK_d1ArtQ4HdyzVZWxoAekiBNXXW9Uz_Wlmmx1OWUi7CrcTkLmkHOoPazwjY/s320/4645162719_c7d10bcd0e_m.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5554034456939267778" /></a>Parecia apenas mais um normal dia de neve ao lado de meu melhor amigo Derek. Já éramos assim, grudados, há muito tempo. Irmãos, colados. Era bom, era natural a convivência com ele. Quando nevava, nós dois vestíamos os casacos pesados, e corríamos no velho pomar que havia perto das nossas casas, no subúrbio de nossa cidade. Sempre dizíamos que aquela beleza era absolutamente distinta. Não havia nada mais lindo do que a neve sobre as folhas secas, a cascata de flocos congelando nossos fios de cabelo enquanto andávamos na chuva de gelo.<div> Era um dia de neve completamente normal.</div><div> - Não vai me alcançar correndo tão devagar Emily.</div><div> - Claro que alcanço! Só estou deixando você correr na frente! </div><div> A risada de Derek reverberou pelo ar. O badalar de sinos, parecia de tão bela.</div><div> - Então vamos apostar uma corrida. Está muito frio, a gente corre até a sua casa e quem perder faz o chocolate quente.</div><div> - Combinado.</div><div><div> Sempre me perguntei se naquela amizade havia algo mais, mas sempre acabava ficando sem conclusões. Não vou dizer que nunca fiquei pensando nisso, claro que fiquei, mas conseguia conviver com essa curiosidade sem que ela me atrapalhasse.</div></div><div> Eu perdi a corrida e tive que fazer o chocolate quente para nós dois. Derek estava sentado no meu sofá, olhando a TV de plasma. Minha casa era grande e com ar aristocrático, mas de jeito algum perdia a beleza rústica e alguma simplicidade. Adorava o verde e a neve, e isso influenciou na minha escolha. </div><div> - Lá vem o chocolate quente!</div><div> Derek abriu um sorriso de orelha a orelha, e quando eu levava os copos tampados, ele me derrubou no sofá em seu colo, fazendo com que nós dois explodíssemos em gargalhadas.</div><div> A boina que eu estava usando caiu, fazendo com que uma parte do meu cabelo caísse em meu rosto. </div><div> Era um dia de neve completamente normal, até a hora em que ele puxou gentilmente os meus cabelos para trás de minha orelha. Agora estávamos em silêncio.</div><div> No momento em que nossos olhos se encontraram eu percebi. Percebi que eu queria ver aqueles olhos verdes pelo resto dos meus dias. Pude ver que o mesmo sentimento se espalhava por seu rosto. Se éramos grandes amigos, isso serviu para que um dia descobríssemos que nos amávamos assim. </div><div> Aproximamos os lábios ao mesmo tempo. Seu beijo era doce e seu cheiro tão bom quanto o perfume das flores no auge da primavera. Depois que afastamo-nos um pouco, nossos lábios proferiram a mesma frase, em uníssono:</div><div> - Eu te amo.</div><div> Já era pra ser. Nós dois sabíamos. E na nossa relação não seriam criadas ilusões de um amor perfeito. O que existia em nós era o amor <i>puro</i>. Era fácil perceber.</div><div> A partir daquele dia, nenhum dia de neve foi completamente normal. A vida com Derek era incrívelmente pacata, confortavelmente linda. Mas nunca normal. </div><div> Por que nada é normal quando se é feliz com quem se ama.</div><div> </div>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-762721476439531994.post-46285905028301211492010-12-04T01:49:00.006-08:002010-12-14T05:36:20.689-08:00Adam & Érica<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxwp4yYkZL3Edqkzx7eQ0gLeqyzy5U2kWdq0sU9kY5vFm18J39x8qCeGqXppWoiVEzXdp1dokpN7UTO67ii6IFkwcF2Gr-olyyD-RFaSo6WrVECavQTFSqoRK8pbpic4jI9pO9vqpQqV-m/s1600/4179883377_51ca63df93_m.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 160px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxwp4yYkZL3Edqkzx7eQ0gLeqyzy5U2kWdq0sU9kY5vFm18J39x8qCeGqXppWoiVEzXdp1dokpN7UTO67ii6IFkwcF2Gr-olyyD-RFaSo6WrVECavQTFSqoRK8pbpic4jI9pO9vqpQqV-m/s320/4179883377_51ca63df93_m.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5550531277388478258" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; ">Estava atravessando a rua para encontrar-me com Adam. Ele sorriu ao me ver. Ele sempre sorria ao me ver. E seu sorriso, eu devo admitir que era muito bonito. Dei nele o habitual beijo no rosto e começamos a conversar.</span><br /><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""></span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Já estava sentindo a sua falta, garota.</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Eu também. Acho que com você meus dias não são tão fúteis. É bom ter alguém com quem se possa ter uma conversa de qualidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Seus dias são tão ruins assim? – disse ele em tom de brincadeira.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Bem, você sabe. Garotas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Eu imagino. Mas você parece meio irritada. Aconteceu alguma coisa? </span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""> Por que ele tinha de ser tão perceptivo?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- É que elas ficam falando... sobre eu e você. Falando bobagens. Isso me irrita. – nesse momento eu o olhei. Ele estava sorrindo, visivelmente divertindo-se com alguma coisa. Curtindo alguma piadinha particular. Bem, a pior coisa que ele podia ter feito era algo assim. Eu era a pessoa mais curiosa do planeta. Também sorri, e perguntei:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- O que foi?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Nada, quer dizer... ah, esqueça. Eu só me lembrei de algo engraçado. Só isso.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Ok.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Do outro lado da rua, de repente passava Carly, e assim que a vimos, ela nos mandou um olhar que me deu ânsia de vômito. Qual era o problema dessa garota? Adam também percebeu, e pude ver que ele ficou ligeiramente desconfortável. Eu também era perceptiva, e agora tinha uma pergunta para fazer á ele:</span></p><p class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Adam, a algumas semanas atrás, você estava bem magoado. Você chorava por causa dela, eu sei disso, eu estava presente, entre aspas. De onde surgiu essa raiva toda?</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Ele respondeu normalmente, o rosto revelando nada mais do que uma leve indignação.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Sabe, Érica, a raiva principal é por mim mesmo. Hoje eu vejo que perdi bastante tempo da minha vida naquela época em que estive ferido por causa dela. Só depois é que eu fiquei sabendo que, enquanto eu sentia a falta dela, ela estava me odiando e... fervendo por aí. Não consegui mais simpatizar com ela depois disso.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Verdana; font-size: 13px; "><span style="mso-spacerun:yes"> </span>O silêncio que se seguiu não foi agourento, tampouco desconfortável. Apesar do assunto o qual tínhamos tratado, a atmosfera entre nós dois era tranquila. Com um sinal de mãos, pedi que me acompanhasse no caminho. Por toda a tragetória ele esteve ao meu lado. Ambos andávamos em silêncio, apenas desfrutando da companhia um do outro. Por mais que fosse estranho admitir, eu e Adam combinávamos perfeitamente. Não só na aparência, mas como pessoa. Nós nos dávamos muito bem como melhores amigos, como confidentes, etc. Estávamos quase chegando ao meu destino. De onde estávamos, eu podia ver o telhado vermelho da minha casa, insinuando-se por entre as folhas das árvores, e acima do das outras casas. Quando já estávamos na minha rua, nos despedimos. Antes de afastar-se, ele fez uma observação:</span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Mas sabe, Érica... – ele fez uma pausa um tanto teatral,e entendi que esta era a minha deixa para fazer a pergunta-chave.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- O quê?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- Ainda há um lado bom nisso tudo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS"">Observei-o com cautela, percebendo o tom enigmático de sua voz. Fiquei intrigada com aquela frase. Qual seria o lado bom de um péssimo fim de relacionamento?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- E qual seria o lado bom, Adam?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Ele hesitou antes de responder. Pude percebê-lo meio envergonhado, meio indeciso, e mais um misto de sentimentos que podiam estar atrasando a sua resposta. Por fim, disse:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><span style="mso-spacerun:yes"> </span>- O lado bom... é que me aproximei mais de você.<o:p></o:p></span></p><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size:10.0pt;font-family:Verdana; mso-fareast-font-family:"Arial Unicode MS""><o:p></o:p></span></p>Vanessahttp://www.blogger.com/profile/08291491243955403378noreply@blogger.com17