Sinto o sol que risca pequenas fagulhas em minha pele. Que transpassa o calor por minhas roupas e torna minha pele aquecida. Ouço a melodia do mar que se estende frente a mim e conta todas as histórias de uma eternidade. Sinto o vento, que traz os sussurros das tantas vidas que por ali já estiveram.
Sinto, estou, pois, viva.
Mas não me sinto assim.
Se pudesse usar de todas as palavras existentes, não conseguiria explicar ainda assim. É tudo tão bagunçado.
Se o calor do sol é uma fonte de energia própria, por que ele precisa da lua? Por que não está satisfeito?
Sinto o calor, sinto o afago, sinto o carinho. Sinto tudo que devia sentir.
Por que tenho a sensação de que algo me falta?
O vento sussurra respostas que não quero escutar.
Verde.
Por que tão verde?
Esta luz verde reluz em minha mente tantas vezes. É a cor? Por que ela significa tanto?
Por que tão presente?
Por que tão ausente?
Por que seus resquícios perseguem minhas ideias?
O que significa esta vontade inesgotável de se ver a lua, se têm-se o sol?
E esta luz cega minhas certezas, e ao mesmo tempo não as abala nem um pouco.
É luz que brilha, mas que traz a escuridão.
Poderia ser tudo tão fácil.
Mas em qual universo uma mente confusa não paira sobre as coisas simples?
A luz do sol traz o calor que faz afastar os pensamentos.
Mas ele sempre voltam.
É possível pairar sobre luz e escuridão ao mesmo tempo?
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