Ó, coração... por que vens ao som da marcha fúnebre?
Morreu? Sim, mas quem morreu? Ah, imagino que seja vosso amigo, o amor. Mas o que se passou com teu inquilino, grande abrigador de sentimentos? Ah, já sei! Amor, coitado, morreu de solidão. Creio.
Sim, excelentíssimo baú emotivo. O amor tem dessas peripécias... causa-te estragos. Depois de abrigado, destrói-vos. Faz ruir tua verdade e calor! Parece político, o tal. Devo-lhe algumas palavras.
Por que morreis, inútil? Foi feito para que vivesses junto aos vossos irmãos, paixão e carinho. Mas sempre tens de morrer antes do clímax, não é? Não percebes o estrago que faz! Antes ficasse morto, mas não... Sempre arrumas um jeito de aparecer, como o hálito de uma maldição. Mas deixe estar... deixe. Quem sabe um dia vais renascer vivo e forte, e trarás coisas boas a teus semelhantes, os sentimentos.
E pagarás os danos com juros, disse o coração. Filho maldito, tens a herança de teus pais, Amizade e Respeito. Da próxima vez, escuta-lhe os conselhos, pois se voltares a andar por aí - e vais andar - a causar danos demais em cada quarto novo que habitar, logo não vos aceitarão, e será substituído pela Ambição.
Claro, não te esqueças: Tens de cuidar de teu hospedeiro. Amor, vosso sangue, irmão, cuides melhor dos quartos que habita.
Antes que todas as portas se fechem em vossa fuça.
17 comentários:
"Mas sempre tens de morrer antes do clímax, não é? Não percebes o estrago que faz! Antes ficasse morto, mas não... Sempre arrumas um jeito de aparecer, como o hálito de uma maldição. Mas deixe estar..." Adorei esse trecho. Afinal, o amor é isso, esse jogo de vivo-morto, morto-vivo. Ele é o fim de todo começo, morre para fazer com que nós saibamos o que ele é. Quando o amor se vai, sentimos saudades, e ao termos saudade, descobrimos que o amor existe. O amor só aparece quando se vai.
isso desanima
sempre perde o folego
Muito bom a parte que mais gostei foi:"Morreu? Sim, mas quem morreu? Ah, imagino que seja vosso amigo, o amor." por diversas razões esse pequeno trecho trouxe até mim varios pensamentos.
=]
Abraço.
Penso bastante sobre como o amor, algo tão forte pode morrer... Podemos pensar que é amor, mas não é possível ter certeza... Só se sabe quando dura... Só se entende quando sabe e sente... E não acaba...
Muito lindo *---* parabéns pelo blog ;)
http://mundoablog.blogspot.com
Perfeita a sua descrição do sentir... numa órbita gótica e na medida do que todos nós um dia - se já não - experimentaremos e compreenderemos.
Belo post!
;D
Lindo!
Mas será mesmo que o amor morre? Às vezes acho que ele se esconde e a gente que acaba exigindo demais um do outro..
mas de qualquer maneira.. lindo demais o post ;)
Impressionante como você consegue fazer cada letrinha tocar nosso coração, ter sentimento...Sei lá.
Um ótimo texto, sem dúvidas.
Bj, Misunderstood.
Eu já vi muitos textos de poemas, pensamentos, poesias e coisas afins, mas poucos conseguem com tanta sensibilidade produzir uma reflexão sobre temas tão vivas do nosso cotidiano: amor, solidão, respeito, amizade... Excelente texto.
Grande beijo e parabéns
Rama na Vimana
http://ramanavimana.blogspot.com/
Ótimo artigo, você está de parabéns!
A parte "Morreu? Sim, mas quem morreu? Ah, imagino que seja vosso amigo, o amor."
Foi a que mais me xamow atenção, ela fas agente lembrar várias coisas...
rs
Abraço...
< Www.MundoDSE.com >
O amor é ferida que dói e num se sente né
Muito bom seu texto, adorei
visite o meu tbm, bjs
Retribuindo sua visita!
Obrigado
Muito lindo o texto, achoi incrível como o amor é tema de tantos textos e mesmo assim você conseguiu criar algo inovador
Já andei comentando neste..vou noutro
Fui até outubro/2010.. e já havia comentando em seus textos... Mas, é sempre bom reler o que tem qualidade, neh?!
;D
Nossa, que texto denso e magnificamente bem escrito! Parabéns, muito bom mesmo!
Seguindo seu blog!
http://estacaoprimeiradosamba.blogspot.com/
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