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Era nostálgica

Quem puder bradar aos quatro ventos seu amor, que seja afortunado, pois não há alegria maior do que não ter pretexto para sentir.

A manhã clareia a janela, assim como minha alma. A luz, consolo de um espírito perdido dentro da vestimenta que é o corpo. E o frio? É aquele que congela, duro como certas palavras que já me atiraras, com ou sem intenção.
Sei que o frio machuca, mas a neve é linda de se ver. Ver estes flocos, alvos, mínimos, a marcar de branco as copas das árvores. Mesmo que as deixem despedaçadas, as marcas deixam a nostalgia. Deixa que lembrem de sua imaculada perfeição.
Assim como minhas lembranças... e nostalgia.
Machucam por fazerem falta, e quando fazem... machucam. Mesmo, no entanto, assim como eu, a árvore não reage á neve. A ama.
Mas acho que sempre quis estar perdida... neste núcleo destrutivo, amor-revés. E do mel da tua boca extrair a essência que me move, elixir da vida.
Talvez por isso, nossos olhos se procurem, teimosos. Embora se evitem, se perdem um no outro. Depois se escondem, orgulhosos, impedindo o coração de enxergar através desse nosso viciado olhar. Mas assim como o sol faz brilhar os olhos, a noite chega e traz a escuridão, fazendo com que as sombras pesem nas pálpebras. O coração fica, então, no escuro.
E quando o dia virá? A consciência se pergunta.
Mas só se sabe que ele chegará, um dia.

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2 comentários:

Filipe Dias disse...

Muito bom. Cheio de sentimentos.

http://estagiariosdesocrates.blogspot.com/

Almir Albuquerque disse...

Quem for capaz de declarar o seu amor, que o faça, porque não é fácil viver sem saber como poderia ter sido.

Grande abraço,
Almir Ferreira
Rama na Vimana

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